Entrevista: Sal

Bom Dia!
Pessoal,
Dei uma entrevista para o jornal Diárioweb sobre o consumo de sal.
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Consumido na quantidade ideal, sal pode fazer bem
O sal, em excesso, é um vilão para a saúde, devido ao sódio que, em dose exagerada, causa problemas ao coração. Mas o sal também tem funções necessárias e importantes para manter o funcionamento correto do organismo. Para ajudar, há no mercado uma variedade de tipos diferentes de sal. Uns são mais finos, outros granulados, com cores claras ou escuras e sabor marcantes.

Eles oferecem às pessoas cujo organismo absorve muito sódio opções mais saudáveis e sem perder o sabor. A recomendação diária é baseada no sal comum ou sal de cozinha, tradicionalmente usado para temperar os alimentos. Mas se o uso deve ser restrito para alguns grupos, ele pode ser mantido se escolhido o sal light, marinho ou azul, rosa do Peru e do Himalaia, pois possuem teores bem menores que o sal branco e refinado.

A nutricionista funcional Lícia Sanchez Vendruscolo, do Espaço Sallus, de Ribeirão Preto, explica que o uso pode ser mantido, mas não há ainda nenhuma afirmação concreta que autorize o aumento do consumo em outros tipos de sal. “Seria aceitável aumentar essa quantidade se o sal tiver menos sódio.”E esse consumo não pode ser abandonado, pois o sal possui minerais importantes para a manutenção do equilíbrio da água do corpo e da regulação da pressão arterial, evitando que fique muito baixa, explica a endocrinologista Lúcia Helena Bonalume Tacito, de Rio Preto.  

Alerta aos hipertensos

Algumas pessoas devem ter atenção redobrada no uso do sódio presente nos tipos de sal. Hipertensos e grupos de risco, como cardiopatas, com insuficiência renal, doenças neurológicas ou que fazem uso de antidepressivos, não podem consumir sódio em excesso, afirma a nutricionista funcional Lícia Sanchez Vendruscolo. No caso de hipertensos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 2g de sódio por dia. Para ajudar nesse controle, esse grupo pode implementar o uso do sal light, marinho ou do Himalaia, que são pobres em sódio. “O sódio adere à parede das artérias e promove um estreitamento momentâneo, elevando a pressão. Assim, o coração precisa trabalhar mais”, conta Lícia.