quarta-feira, 11 de abril de 2012

Obesidade na gravidez aumenta risco de autismo no bebê

Olá Queridos,
Olha que interessante essa matéria que eu vi na Folha.com 

Um novo estudo publicado na revista "Pediatrics" mostra que mulheres obesas durante a gravidez tiveram uma chance 67% maior de terem crianças com autismo do que aquelas com peso normal. Elas também tiveram o dobro do risco darem à luz filhos com outros transtornos de desenvolvimento.
Dados recentes do governo dos EUA mostram que nasce uma em 88 crianças nasce com autismo. A pesquisa sugere que a obesidade durante a gravidez aumenta esse chance para uma em 53.
Paula Krakowiak, coautora do estudo e cientista da Universidade da Califórnia, afirma que o resultado é preocupante, já que mais de um terço das mulheres americanas na idade adequada para dar a luz são obesas, e que isso adiciona outro incentivo para a manutenção de um peso adequado.
Pesquisas já ligaram anteriormente a obesidade durante a gravidez a problemas, como malformações congênitas e nascimentos prematuros.
Daniel Coury, chefe da pediatria do Nationwide Children's Hospital, em Columbus, Ohio, disse que os resultados "elevam bastante a preocupação [do risco de nascimento de crianças com autismo]." Ele notou que os níveis do transtorno nos Estados Unidos têm aumentado juntamente com os índices de obesidade. Apesar de o médico não ter participado dos estudos, ele sugere que isso seja mais do que uma simples coincidência.
Mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados, mas Coury afirma que se a obesidade materna está realmente relacionada ao autismo, ela seria apenas um dos muitos fatores que contribuiriam para esse aumento.
A genética tem sido ligada ao transtorno, e cientistas examinam se doenças das mães e o uso de certos medicamentos durante a gravidez podem também ser parte do problema.
O novo estudo envolveu cerca de mil crianças na Califórnia com idades entre dois e cinco anos. Aproximadamente 700 tinham autismo ou outros atrasos no desenvolvimento.
As mães foram questionadas sobre a saúde das crianças, e mais da metade teve a confirmação de exames médicos. Ainda não está claro como a obesidade materina pode afetar o desenvolvimento do feto, mas os autores sugerem algumas teorias.
Um excesso de peso de 16 quilos pode aumentar inflamações e, em alguns casos, elevar níveis de açúcar no sangue. O excesso de açúcar no sangue e as substâncias relacionadas às inflamações podem atingir o feto e danificar o cérebro em desenvolvimento, diz Krakowiak.
O estudo carece de informações de testes sanguíneos. Não há também nenhuma informação sobre dietas e outros hábitos durante a gravidez que podem ter influência no desenvolvimento do bebê.

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