
Bom Dia Queridos,
Esse vi essa matéria no
Estadão.com e fiquei bem feliz....
O trabalho que tenho desenvolvido até hoje está de encontro com os novos estudos...
- Diminuir o consumo de carne vermelha, fazer 1 dia da semana vegetariano!
- Tratar da microbiota intestinal, consumir verduras, frutas, fibras,
biomassa da banana verde;
Bom, é isso... vida saudável!!!!!
Não bastasse a gordura e o colesterol, cientistas descobriram mais
uma razão pela qual o consumo de carne vermelha aumenta o risco para
doenças cardiovasculares. Segundo uma
pesquisa publicada na revista Nature Medicine,
o metabolismo da substância L-carnitina por bactérias no intestino
produz uma substância que
favorece o acúmulo de gordura nas paredes
arteriais, podendo desencadear um processo de aterosclerose.
A L-carnitina é um nutriente natural da carne vermelha, também
presente em bebidas energéticas e consumido como suplemento alimentar,
com a promessa de que ajuda a queimar gordura e emagrecer mais rápido.
Os resultados da pesquisa, porém, mostraram que um consumo excessivo da
substância pode ser prejudicial à saúde.
Não por conta da L-carnitina
diretamente, mas de uma substância derivada dela, chamada TMAO.
Em uma série de experimentos comparativos, os cientistas demonstram
que há uma relação direta entre a produção de TMAO e risco elevado de
doenças cardiovasculares. Um risco que ainda não está totalmente
quantificado, mas que “parece ser bastante significativo”, segundo o
autor principal do estudo, Stanley Hazen, do Departamento de Medicina
Celular e Molecular da Cleveland Clinic, em Ohio.
“Há tempos já se sabe que há um fator de risco para doenças
cardiovasculares associado ao consumo de carne vermelha; só que as
gorduras saturadas e o colesterol não são suficientes para explicar
isso. O que estamos mostrando nesse estudo é um novo mecanismo que ajuda
a explicar porque esse risco existe”, disse Hazen ao Estado. “Agora
temos mais uma coisa para prestar atenção, e mais um mecanismo no qual
podemos intervir na busca de tratamentos.”
As análises foram realizadas com camundongos e seres humanos,
incluindo comparações entre veganos, vegetarianos e onívoros. Os
resultados indicam fortemente que,
quanto maior o nível de TMAO no
organismo, maior o risco de desenvolver aterosclerose e outras doenças
cardiovasculares. Isso porque o TMAO altera a maneira como o colesterol e
os esteroides são metabolizados no organismo e inibe um processo
chamado “transporte reverso de colesterol”, que resulta num aumento do
acúmulo de gordura nas paredes internas das artérias – mesmo que os
níveis de colesterol circulante no sangue continuem normais, ressalta
Hazen. “Talvez isso explique porque algumas pessoas desenvolvem
aterosclerose mesmo sem ter colesterol alto”, pondera o médico.
Serviço de bactérias. Os resultados também revelam
que quem faz a conversão de L-carnitina em TMAO (passando antes por uma
molécula intermediária chamada TMA) são bactérias intestinais –
estabelecendo, assim,
uma relação inédita entre hábitos alimentares,
composição da flora intestinal e doenças cardiovasculares. Sem essa
mediação metabólica das bactérias, a L-carnitina não é transformada em
TMAO e o risco desaparece.
Camundongos que receberam antibióticos para eliminar sua flora
intestinal não produziram TMAO e não desenvolveram aterosclerose, mesmo
quando alimentados com níveis elevados de L-carnitina.
O mesmo fenômeno
foi observado em pessoas vegetarianas ou veganas, o que indica que a
dieta influencia a composição da flora intestinal: pessoas que deixam de
comer carne aparentemente perdem as bactérias que fazem o metabolismo
da L-carnitina e têm níveis naturalmente menores de TMAO no sangue.
“A mensagem principal não é que se deva parar de comer carne, mas que
a moderação é importante, com uma redução na frequência de consumo e no
tamanho das porções”, afirma Hazen.
Para aqueles que usam a L-carnitina ou TMAO como suplemento
alimentar, o pesquisador também recomenda cautela. “Não é só o que você
consome em cada refeição. A exposição prolongada à L-carnitina altera a
composição da flora intestinal, tornando a pessoa mais vulnerável à
doenças cardiovasculares”, reforça Hazen.
Um segundo estudo com estimativas mais quantitativas do risco associado a essas substâncias deve ser publicado no fim deste mês.